A disputa pela primeira posição no segmento de sedans médios no mercado nacional vem crescendo a cada dia. São tantas opções que fica até difícil escolher um modelo para atender as suas necessidades. Entre os principais concorrentes do segmento estão Toyota Corolla, Honda New Civic, Renault Fluence, Focus sedan, Kia Cerato, Peugeot 408 entre outros. A Volkswagen para não ficar de fora, após o baixo volume de vendas do Bora e do Jetta de geração anterior, começa a importar do México o renovado Jetta em duas versões: Confortline e Highline. Durante uma semana testamos a topo de linha Highline, equipada com o potente motor 2.0 TSI com injeção direta e turbo que gera 200 cv e 28,5 kgfm de torque. Completa o conjunto o câmbio DSG de 6 marchas (dupla embreagem) e a suspensão traseira independente multilink.
Além da Highline, o Jetta também é oferecido na versão de entrada Confortline equipada com o velho motor 2.0 TotalFlex de 120 cv de potência e 18,4 kgfm de torque, com opção de câmbio manual de cinco marchas ou Tiptronic de seis velocidades e suspensão traseira semi-independente com preços que começam em R$ 65.750 e chegam a R$ 69.990. A versão avaliada, a 2.0 TSI Highline, tem preço inicial de R$ 89.520.
A Highline, com todos os opcionais disponíveis na concessionária, que mesmo sendo de um segmento inferior, concorre diretamente com Ford Fusion e Honda Accord, por causa do valor elevado. Lançado no dia três de março deste ano, o novo Jetta já vem se superando nas vendas no mercado nacional. O sedan mexicano em seu primeiro mês completo de vendas fechou com 1013 unidades vendidas, deixando os franceses Renault Fluence (683 unidadaes) e Peugeot 408 (435 unidades) para trás. No mesmo período, o Kia Cerato vendeu 2651 unidades, superando o Civic, já o Corolla continuou líder com 4131 unidades. Em maio o novo Jetta vendeu 1745, e ficou em quarto lugar, atrás de Honda Civic (2162), Kia Cerato (3064) e Corolla (4581).
O novo Jetta foi totalmente redesenhado. O sedan foi totalmente projetado na Alemanha, ficou maior, mais confortável e mais gostoso de dirigir, com uma nova plataforma exclusiva, ao contrário da anterior que dividia a plataforma com o Golf. Suas linhas já trazem os traços do novo DNA da marca, utilizado em quase todos os modelos da empresa no mundo. Visto de frente, destacam-se os novos faróis com formato trapezoidal, a grade do radiador em preto brilhante, que faz conjunto com a logomarca ao centro. O para-choque pintado na cor da carroceria tem formato quadrado, e uma entrada de ar adicional que faz conjunto com um spolier estilo “bandeja” na parte inferior, que segundo a marca, foram inspirado nos splitters usados em carros de competição. O capô em forma de V transmite uma certa imponência ao sedan. Segundo o designer brasileiro José Pavone, que participou da criação do Novo Jetta, “a transição nesta área dos ‘ombros’ do carro foi tirada integralmente do carro conceito NCC (New Compact Coupé) e adiciona ao estilo dinamismo.”
De lado, o sedan mostra linhas mais limpas, com destaque para os “ombros”, batizados de “tornado lines” e aos arcos das aberturas das rodas. Assim como o desenho dos retrovisores externos, com lanternas direcionais integradas, tem inspiração no Passat CC. De traseira, as características da marca ficam mais evidentes. As lanternas lembram muito as do seu “primo” mais luxuoso, o novo Audi A4. Elas são divididas em duas seções e estendem-se até as laterais desde os para-lamas até a parte posterior do carro, quando acesas mostram um sorriso luminoso.
Com dimensões generosas, o espaço interno é bem aproveitado. O novo Jetta ficou bem maior que seu antecessor, medindo agora 2,651 mm de entre-eixos, 1,778 mm de largura e bitola de 1.535 mm na dianteira e 1,532 mm na traseira e 4,644 mm de comprimento. O resultado é mais estabilidade e melhor aproveitamento do espaço interno. Seu porta-malas suporta 510 litros de bagagem.
Por dentro, as características da marca são logo notadas. Ao entrar no novo Jetta nota-se de cara o excelente acabamento, muito familiar para os entusiastas da marca alemã. Os materiais empregados são de boa qualidade e o ambiente ainda é presenteado com os excelentes bancos em couro com regulagem elétrica e a opção de aquecimento nessa versão avaliada. No entanto, o modelo fica devendo na qualidade dos plásticos das portas, que são muito rígidos e podem riscar ao menor descuido. O painel tem seus instrumentos bem localizados, assim como os comandos e dispositivos postos ao seu alcance no console central. O computador de bordo completo deixa o motorista bem informado. Para quem vai atrás também não falta conforto, pois o espaço entre os bancos foi aumentado. O interior também exibe vários detalhes cromados localizados nos instrumentos e nos controles do rádio, ar-condicionado, maçanetas entre outros.
O preço elevado do sedan tem seus propósitos, sendo que um deles é a extensa lista de equipamentos de série para a versão avaliada, a Highline. Nesta configuração, o novo Jetta é recheado de tecnologia e conforto, trazendo itens como o rádio MP3 touchscreen com Bluetooth, ar-condicionado Climatronic com duas zonas, controle automático de velocidade (piloto automático), sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, sensor crepuscular e sensor de chuva, função Coming & Leaving Home de acionamento dos faróis e bancos revestidos em couro. As rodas de liga têm aro de 17 polegadas.
Em termos de segurança, a Volkswagen não dormiu no ponto e oferece seis airbags – dois dianteiros, dois laterais para os ocupantes da frente e dois do tipo cortina, que protegem a área das janelas laterais de todo o veículo. O modelo conta com um sistema especial de sensores para detectar a intensidade das colisões e ativar o equipamento. Além de freios ABS, ASR, EDL e controle eletrônico de estabilidade ESP para não deixar o carro perder sua trajetória e nem fugir do controle.
Sob o capô está o que mais empolga nesta versão topo de linha do novo Jetta, principalmente se você dá valor ao prazer de dirigir. O potente e instigante motor 2.0 TSI, com 200 cv e torque de 28,5 kgfm são suficientes para deixar qualquer pessoa que goste de carros ainda mais feliz. O propulsor mostra um comportamento dinâmico voraz o tempo todo e não deixa a desejar em nenhum momento. As acelerações são vigorosas e intensas, o que torna qualquer passeio com o sedan mais divertido. Esse motor utiliza um turbocompressor, sistema de injeção direta de combustível, quatro válvulas por cilindro e comando de válvulas variável, itens que juntos geram uma curva de torque plana a partir de baixas rotações. Já a suspensão, que na parte traseira é independente multilink, oferece a melhor relação entre desempenho e conforto.
O 2.0 TSI usa o conceito de downsizing (alta performance com baixa cilindrada e baixo consumo de combustível). O motor também tem baixas emissões de CO2. Em conjunto está a ótima transmissão DSG, de dupla embreagem Tiptronic e seis marchas. Essa moderna caixa de marchas automática não dá trancos e as marchas são trocadas com muita rapidez e suavidade, de forma automática ou manual. A opção manual é feita através da alavanca posicionada no console ou pelas borboletas (paddles shifts) posicionadas junto ao volante. Segundo a montadora o Jetta Highline acelera de 0 a 100 km/h em 7,3 segundos e alcança a velocidade máxima de 238 km/h. Seu consumo também não foi dos melhores, mas também não deixou furo, registrando a média de 7,2 Km/l na cidade, com o ar-condicionado ligado a maior parte do tempo (lembrando que este motor só aceita gasolina). Mas a montadora informa que seu consumo médio é de 14, 8 km/l na estrada. Enfim, para quem quer diversão e conforto, o novo Jetta satisfaz.
Fonte:
CarPlace