sexta-feira, 27 de maio de 2011

Avaliação Livina 2



Vamos considerar agora o interior e também a qualidade de acabamento da Nissan Livina, que nos foi cedida pela Nissan do Brasil. Sua cabine nos passou uma impressão muito boa, com a combinação de um tom claro com peças pretas.

As peças tem um bom encaixe, e não notamos ruídos no painel mesmo ao passar por piso irregular. Compensando o plástico duro em todo o acabamento, o revestimento de couro traz requinte ao interior de uma minivan de 50.990 reais. E um pequeno detalhe ajuda ainda mais: o fato de o couro nos bancos ser um pouco enrugado tanto no assento quanto no encosto. Nas portas também temos uma pequena área coberta em couro.

O volante é forrado em couro também, e tem detalhes prateados, bonitos, iguais aos existentes em algumas áreas do painel. Logo ao entrar na Livina, notamos aquele tipo redondo de saída de ar, que por um lado sinaliza economia de custos, mas por outro lado permite que você direcione ar para qualquer lado, facilitando a escolha de um posicionamento confortável.

A mesma economia de custos é notada no controle dos espelhos elétricos, que fica no painel, em uma posição onde você não consegue ficar na exata posição de direção e ver como o espelho deve ser regulado, no caso de pessoas que dirigem com o banco afastado do painel.

Algumas pessoas que analisaram o interior de nossa Livina estranharam a grande diferença de formatos das saídas de ar externas, em comparação com as centrais. Estas últimas são bem pequenas, e não oferecem um fluxo forte de ar.

O rádio com CD e MP3 é bonito, é fácil de utilizar e tem botões grandes. Um detalhe que vai contra essas qualidades é o visor, muito pequeno, que mostra poucas informações de cada vez. A qualidade de som é razoável para um sistema original de fábrica. O ar-condicionado gela bem, e tem controles de fácil utilização. O ponto negativo dele é a posição, meio que escondida embaixo do rádio, de ergonomia ruim.

O porta-luvas tem uma área útil bem menor do que o indicado pelo tamanho de sua tampa, mas é bem fundo e comporta bastante coisa. O espaço interno da Livina é bom. Ela tem tamanho bem maior que Idea e Meriva, como comentamos anteriormente.

São 4,17 metros contra 3,93 e 4,04, respectivamente. Mas isso não se traduz no espaço para os passageiros. Ele deve ser pouca coisa maior que as concorrentes. Onde a Livina se destaca mesmo é no tamanho do porta-malas.

Ele não pode ser comparado com os porta-malas de Idea e Meriva, mas sim com o porta-malas de uma Zafira, por exemplo. E isso conta muitos pontos com o comprador deste tipo de veículo, já que se ele compra uma minivan com o objetivo de carregar sua volumosa família, o espaço do porta-malas tem de ser condizente.

A posição de dirigir da Livina é própria de uma minivan, bem alta. As mulheres que se sentaram no banco do motorista de nossa Livina aprovaram o modelo. Com louvor. O ponto negativo nesta área pode ser dividido em algumas áreas: falta de regulagem de altura do banco do motorista, falta de regulagem de altura dos cintos e falta de regulagem de distância do volante.

Detalhes baratos de se implementar, que se destoam do bom conjunto da Livina. Junto com os desfalques citados, podemos falar da falta do piloto automático, do computador de bordo e também a iluminação não muito eficiente dos faróis. Eles aparentam ser de um carro que está com a bateria meio fraca, não iluminam como deveriam.

Assim como reclamamos no relato do Kia Cerato, a Livina também reúne todos os comandos nas hastes atrás do volante. Isso exige um certo malabarismo do motorista de primeira viagem, que se confunde facilmente com os comandos.

Do lado esquerdo, com frequência acionamos o farol de neblina ao invés dos faróis principais. E do lado direito, fica complicado achar onde é o limpador de parabrisa traseiro e onde é o temporizador do limpador dianteiro. Mas isso é questão de se acostumar. Nem que seja apenas por uma semana.

A área de acionamento da buzina também necessita de aprendizado da parte do motorista, pois tive a tendência de querer pressionar a parte prateada, que é a que fica mais perto dos polegares e a que seria mais rápida de se acionar. Assim como no Cerato, a buzina é bem aguda.

O painel tem iluminação interessante, em um tom alaranjado fraco, agradável aos olhos. No entanto, no escuro, você fica às cegas, procurando onde ficam os comandos, tanto nas hastes atrás do volante quanto na porta do motorista, que não são iluminados.

Porta-objetos: temos um no formato de duas latas de alumínio, logo na frente do câmbio, e também um no final do console central, no mesmo formato redondo, para apoiar uma garrafa de água ou algo parecido.


Fonte: Noticias Automotivas

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